Suspensão das aulas presenciais: acompanhe todas as ações

Suspensão das aulas presenciais: acompanhe todas as ações

Governo fecha escolas públicas, dá carta branca para escolas particulares abrirem na pandemia e o secretário da Educação confessa que só conversa com donos de escola. Assista acima ao Minuto Fepesp de hoje.

Nesta quinta-feira, 11, a Ação Popular encaminhada pelo vereador Celso Giannazi e o deputado Carlos Giannazi solicitando a suspensão das aulas presenciais foi aceita. A ação foi acatada pela juíza Maria Gabriella Pavlópoulos da 13ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo. A Prefeitura e o governo estadual já foram notificados sobre a liminar.

Com a decisão, todos os professores das redes municipal e estadual, filiados ou não a qualquer sindicato ou associação, ficam proibidos de serem convocados presencialmente. A suspensão das aulas presenciais passa a valer enquanto o estado de São Paulo estiver nas fases vermelha e laranja.

O governador do Estado São Paulo deverá ser responsabilizado – se não criminal, ao menos moralmente – pelos casos de contaminação, com necessidade de hospitalização e pelos óbitos que vierem a vitimar os profissionais de educação das escolas particulares de ensino básico, pela exposição desnecessária e inconsequente ao coronavírus. Essa é a única conclusão que se pode chegar, após a inacreditável entrevista coletiva desta quinta-feira, dia 11.

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De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, com a insistência da manutenção das aulas presenciais, foram confirmados 4.084 casos de Covid-19, 21 mortes entre profissionais da educação e alunos e 24.345 casos suspeitos nas escolas. Esses dados não englobam os números das escolas do município de São Paulo, pois a Prefeitura está omitindo as informações.

O estado de São Paulo passa pelo momento mais grave da pandemia. O sistema de saúde de SP está à beira do colapso, com 53 cidades do estado sem vagas de UTI, sendo que até a última segunda-feira, 8 de março, eram 32. Segundo Jean Gorinchteyn, secretário estadual de saúde, 9.184 pacientes estão internados com a doença, número 47% maior do que no pico da primeira onda. Especialistas afirmam que, com o ritmo do avanço da pandemia, pode não haver mais leitos de UTI em todo o estado em 25 dias.

Até quarta-feira (11), São Paulo contabilizou 62.570 óbitos e 2.149.561 de infecções pelo novo coronavírus. Mesmo com essa situação caótica, João Doria e Bruno Covas insistiram com as aulas presenciais e mantiveram a vacinação dos profissionais da educação sem previsão. A decisão da juíza de acatar a liminar de Celso Giannazi e Carlos Giannazi preservará a vida de milhares de pessoas da comunidade escolar.

Na última quarta-feira, o Brasil passou das duas mil mortes por coronavírus em 24 horas, se tornando o país com a situação mais crítica da pandemia no mundo. No total, são 11.202.305 casos de covid-19 e mais de 270 mil mortes desde o começo da crise.

Com informações de Fepesp e Blog Parlamentar

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