Governo de SP antecipa vacinação de professores da Educação Básica
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O governador João Doria (PSDB) irá anunciar na coletiva de hoje, a partir das 12h45, mudanças de regras que vão proporcionar uma ampliação na presença de alunos nas escolas. As escolas poderão receber os alunos presencialmente de acordo com a sua capacidade e não do número de matriculados, como é atualmente. Além disso, a presença entre as carteiras nas salas de aula, que até agora tem que ser de 1,5 m, será reduzida para 1 m, de acordo com recomendação da Organização Mundial da Saúde.
Em um evento nesta manhã, o governador anunciou que a vacinação de professores e demais profissionais da educação contra a Covid-19entre 18 e 46 anos, prevista para julho, será antecipada e começará nesta sexta-feira, dia 11 de junho. O anúncio foi feito em uma cerimônia no Memorial da América Latina para o lançamento do programa Mega Escola, que prevê internet de 100MB para todas as escolas estaduais até 2022.
A previsão é de que sejam vacinados 363 mil profissionais a partir desta semana. Nesta quarta-feira (9), teve início a vacinação de 80 mil profissionais da educação entre 45 e 46 anos —incluindo as redes particular, estadual, municipal e federal. Até agora, 400 mil pessoas do setor, acima de 47 anos, já foram imunizadas.
Sobre a mudança do ensino presencial, o objetivo é que, considerando a longa duração da pandemia, seja possível flexibilizar as regras para que cada escola consiga receber mais alunos, cumprindo os protocolos. Atualmente, é permitida a presença de 35% do número de alunos matriculados. Isso será alterado para 35% da capacidade de ocupação, que quase sempre é maior do que a do número de matriculados. Além disso, discute-se a ampliação desse percentual, o que poderá ser decidido na reunião com o Centro de Contingência que antecede a coletiva. De qualquer forma, a diminuição do distanciamento entre as carteiras facilitará a presença de um número maior de estudantes.
![Primeiro dia de volta às aula presenciais na Escola Estadual Raul Antônio Fragoso, em Pirituba, zona norte de São Paulo](https://i0.wp.com/f.i.uol.com.br/fotografia/2021/02/08/16128062656021787912788_1612806265_3x2_md.jpg?w=640&ssl=1)
Primeiro dia de volta às aula presenciais na Escola Estadual Raul Antônio Fragoso, em Pirituba, zona norte de São Paulo Rubens Cavallari/Folhapress
A Secretaria de Educação batalha para que a porcentagem seja superior à de outros setores, e não inferior como é atualmente —restaurantes e shoppings, por exemplo, já podem receber 40% de sua capacidade. Apesar da resistência de parte do Centro de Contingência, Doria tende a concordar com a ampliação em um reforço da imagem de que a educação é prioridade no seu governo. Ele tem investido nesse discurso desde que decretou, em janeiro, a educação como atividade essencial na pandemia. No ano passado, Doria foi duramente criticado por permitir a abertura de quase todas as atividades, bares inclusive, e manter fechadas as escolas.
A capacidade depende do tamanho do prédio da escola e até do projeto pedagógico. Ambos podem ser alterados visando a uma adaptação ao contexto da pandemia. Também falta definir a partir de quando as regras poderão ser aplicadas, se já na próxima semana ou somente a partir de quando o estado de São Paulo avançar para uma nova fase na retomada.